Segundo Pischinger “campos de interferência são áreas do corpo alteradas cronicamente que causam interferências de natureza geral ou local”.
Esses campos, produzem uma alteração no sistema de bio-feedback regulatório do nosso corpo, de uma maneira distorcida e constante, gerando exaustão e fazendo que o corpo perca sua capacidade adaptativa, ocasionando por vezes, patologias ou retardando o processo de cura nos quadros de dor.
Esses campos possuem duas maneiras de agir: uma por via neuro-sensorial através do SNA (Sistema Nervoso Autônomo) e outra, por via humoral (sangue, linfático).

Os principais campos de interferência que encontramos hoje são:
1. Cicatrizes;
2. Amálgama;
3. Tatuagens.
Porém existem outros já citados como sequela de fraturas, sínteses metálicas, etc.

1. Cicatriz

Existem quatro estágios de cicatrização:
• Hemostasia : ocorre logo nas primeiras horas com a coagulação do sangue;
• Inflamação: onde aparece a vermelhidão, calor inchaço e dor que é uma fase de limpeza. Onde as plaquetas começam a liberar o TGFB1 que é um fator de crescimento para a formação do colágeno;
• Proliferação: Essa fase se inicia de 8 a 14 dias da lesão, onde temos migração de fibroblastos em direção da MEC (matriz extracelular) aumentando a formação de colágeno local;
• Remodelação: Essa fase final pode durar anos e depende do tamanho e natureza da ferida. Nessa fase o colágeno tipo 3 e substituído pelo colágeno tipo 1 mais resistente. Porém esse arranjo das fibras de colágeno e feita de uma maneira desorganizada.

As cicatrizes, portanto, podem gerar aderências devido a essa desorganização do colágeno e mandar constantemente informações errôneas ao SNC (Sistema Nervoso Central)gerando assim o processo de exaustão sistêmica, ocasionando dor e outras alterações.

2. Tatuagem

As tatuagens podem gerar um campo de interferência pois interagem com sua tinta no sistema linfático estimulando fibras nervosas do tipo C que conduzem informações sensórias de forma mais lenta, podendo ocasionar uma sensibilização medular.
Pode ocorrer também uma reação de fibrose gerando também densificação do sistema fascial.

3. Amálgama

As amálgamas são feitas de mercúrio que é um metal pesado. Esse mercúrio pode ser liberado em doses baixas por um período longo, afetando o equilíbrio de cobre e zinco, alterando a flora intestinal, aumentando o glutamato extracelular levando a um estresse oxidativo intracelular.
Mais de uma amálgama pode gerar um micro-galvanismo ocorrendo a proliferação de íons elétricos que podem gerar dores.

Para saber mais sobre campos de interferência, e se um deles é fonte responsável por suas dores, procure sempre pela avaliação de um profissional qualificado.